terça-feira, 17 de novembro de 2009

Soneto a quatro mãos - Vinícius de Moraes


Tudo de amor que existe em mim foi dado

Tudo que fala em mim de amor foi dito

Do nada em mim o amor fez o infinito

Que por muito tornou-me escravizado.



Tão pródigo de amor fiquei coitado

Tão fácil para amar fiquei proscrito

Cada voto que fiz ergueu-se em grito

Contra o meu próprio dar demasiado.



Tenho dado de amor mais que coubesse

Nesse meu pobre coração humano

Desse eterno amor meu antes não desse.



Pois se por tanto dar me fiz engano

Melhor fora que desse e recebesse

Para viver da vida o amor sem dano.

Minha pequena homenagem ao mestre do amor. Aquele que dizia tudo, sem nada dizer. O que sabe definir e viver intensamente esse sentimento que é, ao mesmo tempo sagrado e profano.
Cada palavra escrita nesse poema é um transporte ao seu mais íntimo pensamento. Sinto-me privilegiada por me identificar tanto com o mesmo ...
Viva o amor descrito por Vinícius !

2 comentários:

Marco Hruschka disse...

Viva o amor!
Viva Vinícius!
Viva a poesia!
E que vivam mais e melhor as pessoas que sabem sentir a Arte de um bom verso!
Que você viva mais e melhor, Laís!

João Bosco Maia disse...

Vagando nessas tantas ruas virtuais, encontrei tua porta de amante das Letras aberta - e entrei. Devo anunciar-me como um desses que diz "Oi, de casa! Trago aqui em minhas mãos a chave para dias melhores: escrevo e vendo livros!". Assim, venho te convidar para visitar o meu blog e conhecer as sinopses de meus romances, a forma de adquiri-los e, posteriormente, discuti-los. Três deles estão disponíveis inclusive para serem baixados “de grátis”, em formato PDF.
Um grande abraço literário,

João Bosco Maia

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